Prazer, eu sou a primeira baderneira da história. Meu nome é Maria Baderna.
Mas quando morei aqui no Brasil, a partir de 1849, "baderna" nada tinha a ver com "bagunça". As pessoas usavam o termo em minha homenagem, como sinônimo de algo elegante.
Nasci em 1828, na cidade de Piacenza, na Itália. Comecei a dançar muito jovem e fiz minha estreia nos palcos aos 11 anos. Logo me tornei aluna de alguns dos maiores professores de dança do mundo, Carlo Blasis e Annunziata Ramaccini, e conquistei o posto de Primeira Bailarina em um dos teatros mais importantes da Europa, o Scalla de Milão.
Em 1849, decidi vir para o Brasil, fugindo de perseguições na Itália. Rapidamente ganhei fama entre a alta sociedade brasileira. Afinal, era considerado muito elegante ter uma estrela dos palcos europeus aqui. Por causa disso, meu sobrenome "Baderna" acabou se tornando sinônimo de "elegância".
Mas, eu era uma jovem curiosa e inteligente, sempre encorajada pelos meus professores a explorar e combinar a técnica clássica com outras formas de dança. Foi assim que tive a oportunidade de conhecer as danças típicas brasileiras e de origem africana. Decidi misturar esses estilos nas minhas coreografias de ballet clássico.
A alta burguesia não reagiu muito bem a essa novidade, e foi a partir desse momento que o meu sobrenome "Baderna" passou a significar "bagunça".
Hoje, poucas pessoas lembram que "baderna" um dia foi meu sobrenome e uma homenagem a mim.
Houveram vários motivos para essa mudança de significado. Se quiser descobrir os outros, e conhecer um pouco mais sobre mim e outras mulheres incríveis, é só acessar o e-book disponível no botão abaixo 🥰
Foi um prazer te conhecer!
Baderna nem sempre foi bagunça
Trecho retirado do jornal Correio Mercantil RJ, de 11 de dezembro de 1849.
Ele explica como utilizar a palavra "baderna" e seus significados.
E você baderna? Já participou de uma badernação?
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Projeto Cultural selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2022, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura. Processo FCC 2920 / 2022.