As Bailarinas que Não São de Edgar Degas


Conheça a história dessas meninas que dançavam para sobreviver, perseguindo um sonho de enriquecimento e vítimas de um sistema de exploração sexual

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O pintor:

O artista que imortalizou essas bailarinas em suas pinceladas e pinturas.

Edgar Degas

Um homem de família abastada que durante a infância fazia arte como passatempo e aos poucos se profissionalizou como pintor.

Degas conhecia pessoas dentro da Ópera de Paris e conseguia acessar os bastidores mesmo sem ser um Abonné.

As bailarinas aparecem em uma grande parte de suas obras e são elas que o consagraram e fizeram sua obra ser lembrada na atualidade.

As pessoas dos quadros

Abaixo você encontra informações sobre aqueles que aparecem nos quadros, e suas relações com as bailarinas.

As Les Marcheuse (As Caminhantes) ou...

As Petits Rats

Era assim que essas bailarinas eram chamadas. Muitas delas crianças, a partir dos 7 anos.

Elas faziam aulas de ballet na companhia de dança que chega à nós como Ópera de Paris. E esse apelido, "Petit Rat" (que significa "Pequena Rata"), segundo Louis Véron, diretor da companhia entre 1831 e 1835, tem origem na seguinte anedota:

As bailarinas “[...] não conseguiam permanecer quietas e seus apetites as faziam roer constantemente tudo o que estivesse em seus caminhos”.

Essas meninas normalmente provinham de famílias pobres e o salário que recebiam para dançar podia ser o único sustento da família.

Então, com o incentivo de suas mães, as meninas buscavam outras formas de renda, como: posar para artistas e a prostituição. Abaixo a fala da mãe de uma das bailarinas:

“‘[...] somos muito infelizes [...] eu tenho que entregá-la para quem a quiser, apenas para termos o suficiente para comer.’”

Elas aproveitavam e consumiam, roiam constantemente, todas as oportunidades de ganhar dinheiro que surgiam. Incluindo a oportunidade única que o ballet proporcionava: a de enriquecer com a fama ou com um casamento.

E havia muitos homens ricos à quem entregá-las. E muitos desses são os "Abonnés", os homens ricos que financiavam a Ópera de Paris e tinham acesso irrestrito aos bastidores e salas de aula.

Essas meninas eram vítimas de uma sociedade que normalizava o trabalho e a exploração sexual infantil. Diferentemente do pintor que consagrou sua obra com a imagem dessas meninas, elas trabalhavam com arte, na infância, para sustento próprio e não como passatempo.

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Abonnés

Os homens ricos que financiavam a Ópera de Paris, comprando inscrições caríssimas que davam direito a assentos em todas as apresentações e acesso irrestrito aos bastidores.

Eles também podiam financiar a bailarina que quisessem, em troca de "favores" e "carícias".

"Alguns trabalhos cujos cenários não são tão complexos e que a cortina frontal e adereços não ultrapassam o quinto ou sexto planos deixam um grande espaço livre nos fundos do palco, onde a troca de ternuras acontece, aumentando o ardor conforme a música da orquestra e o coro se torna mais apaixonante."

Louis Véron
Diretor da Ópera de Paris entre 1881 e 1885

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Chaperones

As mães das meninas. Sempre presentes nas aulas.

A companhia requisitava que as bailarinas estivessem acompanhadas o tempo todo. Isso fazia com que as mães das meninas, as chaperones, não pudessem trabalhar. Às vezes elas atuavam como lavadeiras ou em trabalhos temporários nas noites de apresentação da Ópera de Paris.

Os professores

Os mestres que ensinavam a técnica clássica para essas meninas. Homens que muitas vezes incentivavam o sistema de exploração sexual existente.

Seja "[..] carismática, sensual. Indiquem pelo movimento a grandeza da paixão. É imperativo que durante e após suas variações vocês inspirem amor e que quem esteja nos camarotes e espaços reservados queira levar vocês para a cama."

Auguste Vestris
Mestre de ballet e um dos maiores bailarinos do século 18

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Não existem registros que comprovam que Degas explorou sexualmente essas meninas. Contudo, é apontado que o pintor realizava outros tipos de violência, como a psicológica.

Marie Van Goethem

Conheça a história da menina imortalizada na estátua ao lado, A Pequena Bailarina de 14 Anos.

A história da Pequena Bailarina de 14 Anos

Ilustração para Colorir

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Nele você encontra mais informações, bibliografia das citações nesta página, e a história detalhada dessas bailarinas.

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Mulheres que
Mudaram a Dança
No Século 18 e 19


Nessa primeira etapa do projeto,
resgatamos a história de 4 mulheres
que foram escondidas da história da dança.

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Proposta Cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023

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